Já que falamos de "Raiva", partimos para saber como é possível manter uma relação utilizando a técnica de comunicação não violenta (CNV).
Por Thaiane Machado

[foto oficial: Renata, Camila, Cind e Alice]
Não foi fácil essa leitura, viu? Acho que nesse quesito todas concordam. Se o ato de comunicar já é por si só um troço difícil, imagina ter que fazer um esforço constante de medir as palavras para evitar confrontos (muitas vezes) indesejados. Essa é a ideia do uso da CNV que tem se tornado a cada dia um instrumento importante para viver nesse mundo cada vez mais intolerante. Em "Amo Você Sendo Quem Sou", Marshall nos coloca de frente ao amor, na verdade, em como pensar na comunicação em uma relação amorosa pode evitar grandes tormentas, quase sempre desnecessária.
É por isso que o casamento é um verdadeiro desafio. Muitas pessoas aprenderam que amor e casamento significam negar a si próprias e fazer as coisas pelo outro. - MARSHALL ROSENBERG
Não é uma leitura fácil e gerou reflexões importantes, especialmente depois da leitura do livro da Monica, do mês anterior. Pensemos bem: como é possível ter racionalidade suficiente para uma CNV em casos como a personagem de "Raiva"? Outra coisa que surgiu em nosso papo: precisamos sim de momentos de uma comunicação mais violenta na vida. Vocês não acham?
O primeiro componente da CNV é observar sem avaliar; o segundo é expressar como nos sentimos. Não há espaço para crítica ou coação na CNV. - MARSHALL ROSENBERG
Seguimos pensando que a vida a dois é um grande processo de conhecimento sobre o outro e sobre autoconhecimento. Usar o CNV pode ser uma excelente ferramenta para um diálogo em que o amor é preservado, mantendo-se intacto as poucas divergências do dia. Mas, convenhamos, que essa eterna preocupação em relação ao que outro sente pode nos fazer anular o que verdadeiramente sentimos. As vezes a crítica e a coação torna-se necessária (a gente acha!) e a grande dificuldade seja realizar constantemente uma análise mental do outro - como propõe o Marshall.
É uma mudança de comportamento e modelo mental. E numa relação os dois, todos devem estar alinhados a seguir com a técnica, caso contrário, voltamos a ideia sobre "negar a si próprias e fazer as coisas pelo outro".
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